Thursday, August 11, 2016

UMA SÍNDROME DA HUMANIDADE E DA GENEROSIDADE

Olá meus queridos!! Muito bom estar com vocês hoje nesta tarde fria!!! Espero que todos estejam bem e aquecidos. #Doeumagasalhoaquemprecisa.
Hoje nosso assunto será algo muito gratificante para muitos e principalmente para quem vive uma vida ao lado dessas pessoinhas incríveis e que tem muito a nos ensinar. Vamos falar sobre uma doença genética que recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862.

Esta síndrome é caracterizada por seu distúrbio genético devido a presença de um cromossomo 21 extra, total ou parcial. Pessoas com SÍNDROME DE DOWN, sofrem de retardo mental de leve a moderado e um pequeno número são afetados por retardo mental profundo e geralmente esta deficiência é identificada no nascimento e fisicamente falando, nota-se por sua face e seu tronco e membros pequenos.

Agora que já apresentei a vocês o assunto de hoje, e aproveitei para falar um pouco da doença na verdade para deixá-los a par de como ela se dá e para quem não sabe ou nunca teve contato, entenderá o que eu estarei me referindo logo mais.

Quando eu tive meu primeiro contato com alguém com esta deficiência, isso há quase duas décadas atrás, sinceramente eu me assustei e principalmente fiquei sem ação. Vou explicar melhor a história para vocês... Eu tenho um primo por parte de mãe, que teve um filho com síndrome de Down, quase 20 anos atrás. Para nossa família, foi assustador, pois até então ninguém tinha conhecimento de tal caso em nossa família. Fora a primeira vez. Meu primo e sua esposa não estavam preparados para tal acontecimento, mas, mesmo assim, foram aprendendo a lidar.

Vou ser muito sincera com vocês e vou dizer que o preconceito começa em casa, ou como preferir na nossa situação, na família. Primeiramente, todo mundo queria saber os motivos que levaram aquela criança a nascer desta “forma”. Vários questionamentos e vários palpites e creio eu que muita falta de jeito para se chegar nos país desta criança e questioná-los. Ninguém merece ou precisa ser questionado, principalmente quando a situação é irreversível e todos terão que aprender a “lidar” com ela. Fora, os comentários em “off”, que todos faziam. Bem algo como: “pobre criança..., coitado dos pais” entre outras frases do tipo que menosprezam e ignoram a verdade dos fatos. Nesta época, eu tinha acabado de ter meu filho mais novo, que hoje tem a mesma idade do filho deste meu primo. Quando íamos a festas de família, casamentos e todo esse tipo de evento em família, era nítido a forma como as pessoas tratavam as crianças “normais”, da criança com “deficiência”. Eu naquela época, tinha um pouco de receio de deixar meu filho próximo a ele, pois infelizmente ele estava numa fase agressiva, não só com as demais crianças mas com adultos também, ele tinha acessos de raiva, onde ele batia e mordia. Muitos achavam engraçadinho, outros, já criticavam e diziam que era falta de uma atenção maior dos pais. Eu sinceramente tinha medo, eu não conhecia nada sobre esta deficiência e também na época pouco tinha tempo para me interessar sobre o assunto, eu estava no meu segundo filho e vou falar, como criança dá trabalho!... Graças a Deus hoje estão adultos, lindos e donos de suas vidas. O fato era que eu era tão ignorante quanto os demais.

O tempo foi passando e claro que meu primo também aprendeu a lidar com a síndrome de Down. Seu filho passou a frequentar escolas e médicos especializados. Para pais que têm filhos com esta deficiência genética, precisam também de acompanhamento e aprender a interagir com seus filhos. Agora imagina você. Se já é difícil para pais iniciantes interagir com seus filhos considerados geneticamente normais, obviamente que para pais novatos com contato pela primeira vez com a síndrome é muito difícil e complicado. Mas com ajuda de profissionais e levando as crianças a escolas especializadas, com o tempo tudo vai se tornando mais simples e mais fácil. Mas na verdade o que eu quero ressaltar aqui, não é só a dificuldade da família em lidar com esta situação ou dos pais. Eu quero mesmo é falar, do portador da síndrome. A criança que hoje já é um homem e que se tornou a pessoa mais doce,meiga e humana que um dia eu pude conhecer. Seu nome é MARCOS ANTÔNIO, ou Marquinhos como nós o chamamos. Se vocês repararem, eu não disse o nome dele anteriormente por um único motivo, eu não estava falando da criança inocente que se vê em um mundo de pessoas que se julgam normais, eu estava falando de uma criança que nasceu em uma família que teve muita dificuldade em aceitar a sua condição de ser diferente.

Marcos hoje tem 19 anos, tem síndrome de Down, estuda em uma escola especializada para a sua condição e é o melhor ser humano deste mundo. Seu jeito meigo, atencioso, amoroso e acima de tudo humilde, faz com que ele realmente seja diferente. Não pela sua condição genética, mas sim porque nenhuma pessoa considerada normal tem as qualidades que este menino tem.

No ano passado, eu estava trabalhando como corretora e este meu primo pediu para que eu colocasse seu apartamento á venda. Então, marcamos um dia e fui com ele de manhã até o apartamento para que eu pudesse fazer os levantamentos que precisava. Só que antes, iriamos deixar o Marquinhos na escola. Foi incrível, meus queridos! Eu nunca tinha estado em uma escola para crianças com síndrome e o que eu vi e presenciei valeu por uma vida inteira de ignorância sobre o assunto. Foi muito gratificante. Só quem presencia ou vive isso sabe do que estou falando. São crianças e pessoas incríveis, tanto os alunos como as pessoas que se dedicam e trabalham no local.Quem tiver a oportunidade ou curiosidade, deveria conhecer um dia. Foi ai que eu soube de uma história linda sobre vivida pelo Marquinhos.

Um dia, meu primo foi com ele ao parque aqui na região da zona leste de São Paulo para passear.
Eles estão indo em direção á entrada do parque quando o Marquinhos avistou um morador de rua e sem que ninguém dissesse nada ele simplesmente se dirigiu ao senhor que estava sentado e lhe deu um forte abraço... Sim meus queridos! Foi uma atitude de humanidade e humildade que ninguém neste mundo teria coragem de fazer. Meu primo disse que foi o momento mais lindo e mais emocionante que ele presenciou em sua vida. Estas crianças tem muito a nos ensinar. E quando eu soube dessa história, eu vi que na verdade nós é que somos deficientes. Nossas almas não tem a compreensão que estes seres possuem. Não temos a imensidão de generosidade que eles em simples gestos passam para aqueles que se julgam normais. Precisamos meus queridos, aprender com eles a sermos mais humanos.

Eu queria dividir com vocês esta linda história para que cada um de vocês refletissem sobre seus atos. O mundo precisa de mais pessoas como o Marquinhos e quem sabe assim, nosso mundo se torne um lugar melhor.

Tenham todos uma ótima noite! E fiquem com Deus!


Beijos.

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